Playstation
Mulheres acusam a PlayStation de discriminação e sexismo
A Sony responde às acusações alegando que leva o caso muito a sério, mas destaca que se tratam de ex funcionárias
Oito mulheres compartilharam as suas experiências e juntaram a sua voz à de Emma Majo para criticar o ambiente sexista e discriminatório pelo qual passaram durante o seu tempo trabalhando na PlayStation.
O caso deu que falar em todo o mundo em novembro de 2021 e em fevereiro de 2022 a Sony tentou acabar com o processo alegando que se tratavam de alegações infundadas, mas agora o Axios relata que mais oito mulheres juntaram a sua voz à de Majo na queixa.
Agora, o caso inclui testemunhos destas oito funcionárias da PlayStation, algumas delas já não trabalham atualmente na companhia, mas falam de alguns casos de assédio sexual, casos de falta de respeito, discriminação de gênero e até a impossibilidade de se iniciar uma investigação a todas essas queixas.
Segundo o Polygon, as alegações incluem casos de homens na PlayStation que atribuem notas às mulheres de acordo com o seu aspecto físico, piadas pesadas, depreciativas e de gosto duvidoso além de imagens de mulheres compartilhadas entre colegas, chegando até mesmo existir um relato de uma visita a clubes de strip durante o almoço.
Várias mulheres dizem ainda que foram abordadas de forma sexual e até apalpadas. Uma mulher fala num momento em que estava a amamentando seu filho e teve de parar pois não lhe foi concedida a privacidade adequada, algo extremamente desconfortável.
Outras mulheres mencionam que muitas colegas já abandonaram a PlayStation devido às condições de trabalho.
O que diz a Sony?
A Sony respondeu finalmente às diversas acusações de discriminação sexual de que tem sido acusada nos últimos dias, com várias mulheres que vem denunciando o ambiente sexista que viveram durante o tempo que passaram na PlayStation.
De acordo com informações reportadas pela Axios, a SIE (Sony Interactive Entertainment) está levando essas acusações muito a sério. “Embora a maioria sejam ex-funcionárias que não trabalham mais na SIE, a SIE abordou ou abordará as questões levantadas oportunamente, pois a SIE valoriza as suas funcionárias e toma medidas proativas para garantir que elas tenham todas as oportunidades de prosperar e serem ouvidas”, pode ser lido no artigo divulgado.
A Sony quer o caso arquivado, sendo que uma audiência para debater esse tema grave vai decorrer em meados de Abril.
A empresa argumenta ainda que nada do que foi mostrado revela políticas ou desequilíbrios gerais que afetam a forma como as mulheres eram tratadas na PlayStation.